quinta-feira, 30 de junho de 2016

A carta...

 Senta na cadeira que está próximo a mesa
Pega o caderno e a borracha
Aponta o lápis
Pensa e espera
A ponta do lápis se quebra
E nenhuma palavra aparece no papel
Aponta o lápis outra vez
Enxuga a testa
Rabisca algo abstrato no caderno
Arranca a folha e joga fora no lixo
Rói as unhas
A cabeça fica a fumaçar
A ponta do lápis se quebra novamente
Levanta da mesa
Não aponta mais o lápis e nem guarda o caderno
Vai embora triste
Cheio de saudades
E a carta não sai...
(aramas)

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Timidez...

Os nossos olhos não se encontram, e no horizonte buscam palavras que não são ditas.
E o nosso pensamento esquece as coisas que jamais deveriam ser esquecidas.
A timidez predomina e o silencio toma conta da cena... apenas sorrisos.
Ali, frente a frente...
As mãos suam, e na barriga borboletas voam.
Os minutos passam, e é chegada a hora de ir...
Abraços meio desajeitados são dados, e as bocas pensam em se encontrar, mas são impedidas pela timidez.
Logo, sigo meu caminho contente, satisfeita com a conversa agradável que se criou entre os olhares perdidos...


(aramas)

terça-feira, 28 de junho de 2016

As tardes...

De tarde quando o sol me aquece e a neblina desce só pra me acalmar, 
minha vida muda feito alma profunda que inocentemente só te quer amar.

De tarde quando o amor padece e tudo estremece de uma maneira que só me faz sonhar, 
viajo de uma forma límpida que livremente ressuscita teu mais belo pensar.

De tarde quando a vida canta e minh’alma dança teu ritmo solar,
 eu sou aquela que se encanta com as nuvens tontas e o pássaro a voar.

De tarde quando o sonho vem e você vem também, cavalgando em teu cavalo,
 imagino você me olhando e eu envolvida no calor dos teus braços.

De tarde quando tudo acontece e não há mais nada para se contar,
 eu sou aquela que espera o sol cair pra ver a noite chegar.


(aramas)

segunda-feira, 27 de junho de 2016

A canção das ondas...


Lá onde o amor se cala,

Sentado à beira da praia,
Junto à lua, no chão.
Cantam as ondas seus prantos
E o céu lindo e tristonho,
Chora por sua paixão...

De repente a onda se cala, e escorre um pingo d’água
Que se transforma em um penar...
E o céu de lá responde,
E um amargo soluço esconde
O seu estranho modo de amar.


(aramas)

domingo, 26 de junho de 2016

O aguardo...

Eu me oculto no quarto escuro,
Assentada sobre a cama gélida
Debaixo dos lençóis pecaminosos
Ouvindo teus gemidos piedosos.

Aguardo o sol surgir lá fora,
Para então olhar-te os olhos,
Para então tocar-te a pele,
Para então comer-te os ossos...
(aramas)

sábado, 25 de junho de 2016

O choro do meu amor...

 Não chore meu amor,
Isso logo vai passar.
Essa tua dor já vai embora, em breve partirá.
E não se angustie mais, por favor sorria para mim,
Quero ver em teus lábios aquele doce sorriso.
  
Não chore meu amor,
Peço-te que não soluces mais.
Os teus gritos me dão medo e a tua voz eu já não conheço.
Esse mal já vai passar,
E quem sabe tu nem mais lembrará dos agouros de passou.
  
Ah meu amor, não lamente mais,
Suplico-te e rogo-te a vida, apenas isso.
Meu Deus, por que o dá tanto sofrimento?
Eu o teria bem melhor morto do que neste confinamento.

Não chore meu amor que eu já estou chegando,
E junto à ti me deitarei, e em tua cova ficaremos juntos,
Calados,
Sozinhos,
Mortos e felizes.
(aramas)

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Aquele beijo...

Aquele beijo foi tudo,
Tudo o que eu precisava.
Aquele beijo foi mais,
Mais do que eu imaginava.
Aquele beijo foi do jeito,
Do jeito que eu sonhava.
Aquele beijo foi lindo,
Foi bom!

Aquele beijo foi tudo,
Tudo o que se pode querer.
Aquele beijo é tudo,
Tudo o que se pode esperar.
Aquele beijo é tudo,
Tudo o que se pode sentir.
Aquele beijo foi tudo,
Tudo o que eu queria pra mim.

Aquele beijo foi
Além do que eu imaginava.
Aquele beijo foi o amor,
Que acendeu em mim seu fogo.
Aquele beijo foi você,
Tomando posse do meu corpo.
Aquele beijo foi a razão,
E sem razão nos beijamos de novo.
(aramas)

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Hoje eu não estou...

Pare!
Não diga nada
Deixa-me em paz
Não me force a sorrir
Nem tente arrancar de mim palavras doces
Hoje eu não estou de bom humor
Hoje eu não quero nada
Hoje eu não sei de nada
Hoje eu não estou pra nada
Meu coração hoje parou
E fraca tento respirar
E em prantos finjo me controlar
E tento, desesperadamente,
Me acostumar com essa dor...

Então se alguém perguntar...
Diga que eu não estou.


(aramas)

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Despedidas...

despedidas tontas,
sombras,
tantas que nem sei...
despedidas férteis que no final das contas nos remetem as mentes
e nos lembram de tudo outra vez.


(aramas)

terça-feira, 21 de junho de 2016

O equívoco...

A meia luz no quarto
Não me vias!

Não me vias,
Quando eu te olhava.

E do meu corpo na cama
O teu corpo!

O teu corpo,
Distante estava.

Eu te olhava triste
E vi teus olhos!

Teus olhos,
Que não me olhavam.

E eu te chamei
Com a voz doce!

A voz doce,
Que não escutava.

E tu me chamaste
Pelo nome!

Mas o nome,
Da pessoa errada.
(aramas)

segunda-feira, 20 de junho de 2016

As pessoas...

Subindo e descendo as barreiras da vida,
Do alto do monte jamais sairá.
O monte de tudo,
De tudo o que há.
As pessoas planejam sempre mudar,
De vida,
De casa,
Ou pra qualquer outro lugar.
As pessoas felizes, de bem com a vida,
Dão aos maus amados uma pequena petisca.
Não importa o que pensam,
As pessoas sabem o que fazem,
No alto da vida,
Sempre a viver.
Subindo e descendo as barreiras da vida,
Vivem as pessoas que nos ensinam a viver.
(aramas)

domingo, 19 de junho de 2016

Meu eu...

Um dia meu “EU” enlouqueceu,
E ficou no mundo a vagar...
Queria viver no céu,
Queria aprender a amar.

E no mundo que ficou meu “EU”,
Lá sabia de tudo falar...
Queria sair do céu,
Queria esquecer de amar.

E, num vacilo seu,
No mundo se pôs a chorar...
Queria voltar ao céu,
Queria voltar a amar.

E com o coração se perdeu meu “EU”,
E ficou no mundo a andar...
Queria entrar no céu,
Queria, queria amar.

E então meu “EU” encontrou seu “EU”,
E caminharam no mundo em par...
Viveram os dois no céu,
Aprenderam os dois a amar. 

(aramas)


sábado, 18 de junho de 2016

Eu consigo sentir...

 Eu consigo sentir o teu gosto na minha boca,
gosto esse que sacia meus desejos mais profanos...
Eu consigo sentir o teu cheiro no meu corpo,
cheiro que me enlouquece...
Eu consigo sentir o teu sexo me tocando,
toque que me umedece...
Eu consigo sentir teus pelos,
que me arrepiam a pele...
Eu consigo sentir teu calor,
que me aquece...
Eu consigo sentir você,
que me desperta prazer...
Eu consigo sentir...
Eu consigo sentir...
sentir.


(aramas)

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Indivíduo...

Indivíduo que caminha pela praça seguindo o caminho de um pendão,
quando veres um irmão abandonado
deixe-o em paz,
ou pegue-o pelas mãos.
Que vale a roupa e o perfume cheiroso que te põe ao se assear?
Vai meter medo ao irmão debilitado,
e de ti,
pena é o que ele terá.
(aramas)

quinta-feira, 16 de junho de 2016

O canto de minh'alma...

Ainda que me faltasse o ar,
eu lutaria para viver sem ele...
Ainda que me faltasse o sol,
eu correria para a luz da lua...
Ainda que me tirassem do peito o
coração,
te amaria mesmo sem poder amar...
Ainda que me tirem a caneta e o
papel,
nada me impedirá de falar...
Ainda que eu me cale diante de
todos,
minh'alma canta pelos reinos dos
céus!

(aramas)

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Há tempos...


Há tempos que eu não escrevo
Há tempos que eu não consigo...
Há tempos que eu não te vejo
Há tempos que eu não respiro...

Há tempos que eu não produzo
Há tempos que eu não reflito...
Há tempos que eu não escuto
Há tempos que eu não existo...

Há tempos que eu não falo
Há tempos que eu não sinto...
Há tempos que eu não fracasso
Há tempos que eu não rabisco...

(aramas)

terça-feira, 14 de junho de 2016

Teus ais...

Ai! É o suspiro que sai... da tua boca a gemer...
E ecoa por meus ouvidos me arrepiando a alma, 
me tirando a calma e me fazendo sofrer.

Ai! É o gemido ardente... que você sente querendo me ter...
E desliza na minha pele de seda, 
gentilmente me beija e me faz adormecer.

Ai! É o grito cortante... que transborda o teu corpo invadindo o meu ser...
E percorre minhas veias,
congelando meu sangue sem querer e por querer.

Ai! É o barulho que faz... o teu corpo a tremer...
E balança a cama, 
machucando a parede me fazendo viver.


(aramas)

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Boca de lobo...

Meu corpo ainda treme ao lembrar dos teus gemidos...
E quando penso nas tuas mordidas me dá arrepios.
A minha pele se excita quando percebo que me olhas...
E me tocas com a boca, e com a língua me molhas.
Me cheira dos pés a cabeça...
E com a ponta dos dedos me notas.
Me temperas com palavras infameis...
E me namora.
Me joga na cama com força de bicho...
Que me apavora.
E então se alimenta do meu corpo...
E com a tua Boca de Lobo,
Me devoras!
(aramas)

domingo, 12 de junho de 2016

Insaciável...


 Me sinto anestesiada quando me beijas a boca...
Fico louca!
Me tocas a pele apertando com força meu corpo inteiro...
Me incendeia!
E teus lábios passeiam em mim com desejo...
Fraquejo!
Teus olhos me despem com malícia...
Maníaca!
Tua insanidade inflama em mim teu tesão...
Sucumbo!
Me tomas demente...
Alucinado!
Suspira e grita gemidos ardentes...
Louco!
Dança sobre meu corpo a dança do sexo...
Volúpia!
Me entras com anseio...
Prazer!
Gozas como louco teu EU profano...
Deslustro!
E descansa ávido sobre meu corpo...
Insaciável!
(aramas)

sábado, 11 de junho de 2016

Se...

Se aqui bem perto eu te sentir
Se de amor eu sofrer por ti
Se eu quiser te amar, e então eu te chamar
O que vais responder?
O que vais me falar?

Se o frio então me machucar
Se o escuro enfim, me assustar
Se meu corpo padecer, e eu desfalecer
O que vais dizer?
O que vais fazer?

Se meus olhos só sabem te ver
Se em meus sonhos só sonho você
Se meu mundo se partir, e eu fugir
O que vais sentir?
O que vais sentir?

Se meu coração chorar
Se meu peito de dor sangrar
Se minh’alma evaporar, e eu penar
Quem é que vai te amar?

Quem é que vai te amar?
(aramas)

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Concurso Literário Aberto - e-Antologia "Mente Aberta - Evolução dos Pensamentos"

Informações:

a) Voltado a autores brasileiros natos ou naturalizados
b) Seleção de Poesias
c) Inscrição online (Conforme o Regulamento)

Prazo: 20 de Agosto de 2016

Organização:
Produtora Antenados no Planeta | Coletivo ProliferArte

Contato e Dúvidas:
projeto.proliferarte@gmail.com

Regulamento:
http://media.wix.com/ugd/cb9fdb_68f23c6b2f964a74bbaa3cb17c2260eb.pdf

Esse teu beijo...

Ah, 
esse teu beijo enlouquente,
Que desperta meu corpo e minha mente...
Que me deixa insanecidamente apaixonada por você.

Ah, esse teu beijo louco,
Atrevido, malicioso...
Que me envolve de repente,
Me desarma, me desmente...
Beijo que me força te querer.
(aramas)

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Amigo dos olhos de neve...

 Tu tens os olhos d'aurora,
Límpidos como a neve,
Leve.
Tens uma voz saudosa,
Timbre de alucinação.
Amigos dos olhos de neve,
Tua voz aquece o meu coração.

E com o teu sorriso não há quem possa.
Da até vontade de brincar.
Amigos dos olhos de neve,
Teu brilho é bem mais que o luar.

E as tuas palavras me aquecem a alma,
Por ter esses olhos leves.
Estás presente em meus pensamentos.
Amigo dos olhos de neve,
Estás ausente no esquecimento.

Tens abraços verdadeiros,
E não há quem os renegue.
Poderia abraçar-te todos os dias...
Pequeno garoto-alegria,
Amigo dos olhos de neve.
(aramas)

O teu corpo dormente...

O teu corpo dormente,
Debruçado ao meu...
Sussurra em minh'alma
Um sussurro de adeus.

O teu corpo dormente,
E de sangue Ateu..
Pede à mim a benção
E o perdão à Deus.

O teu corpo Dormente,
Diferente do meu...
Me amou com vontade
E me amando morreu.
(aramas)

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Adoro...

Adoro o teu corpo cativo
Quando baila comigo
Nos nossos beijos ardentes...

Adoro o teu toque agressivo
E o teu abraço impulsivo
Quando te deixo dormente...

Adoro a tua voz formigante
E o teu sussurro pulsante
Quando estamos contentes...

Adoro o teu olhar penetrante
Tuas palavras cortantes
E o teu jeito presente...

Adoro ter você comigo
Me causando arrepios
De uma forma enlouquente...

Adoro o teu jeito louco
Que me ama gostoso
E me ama pra sempre...


(aramas)