domingo, 9 de novembro de 2025

Saudade...

Saudade tenho de ti, meu bem ausente,

que em sonhos vem, sutil, me consolar;

tua lembrança é chama persistente,

que arde em meu peito e não quer apagar.


Tua voz, eco brando em minha mente,

é canto antigo a me embalar no ar;

teu vulto é sombra doce e transparente,

que ao vento insiste em me procurar.


Oh, se puderas tu, de além do tempo,

romper o véu da tarde e me mirar,

verias quanto amor ficou suspenso

nas horas que não voltam, a esperar.


Pois cada suspiro meu, cada tormento,

leva teu nome ao céu — sem se calar

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